As 10 Filosofias do Legal Design

Curiosidade e criatividade

Curiosidade e criatividade

Seja curioso; liberte sua própria criatividade e a criatividade dos outros!

 

Quando as pessoas são questionadas sobre quais habilidades descrevem um designer, a resposta normalmente é que designers são, acima de tudo, muito criativos. Criatividade é certamente uma habilidade básica que designers devem possuir para desenvolver novas ideias. Se perguntar a outros profissionais, como advogados, principalmente, se eles se consideram criativos, a maioria normalmente responderá que não. Isso é certamente um fenômeno que precisa ser examinado mais de perto.

Crianças têm a chave para a criatividade

Incontáveis estudos confirmam que, quando crianças, somos abençoados com criatividade ilimitada, porque inicialmente podemos nos mover predominantemente livres de regras e limites. Isso se aplica tanto à nossa mobilidade quanto à nossa capacidade de dar asas à nossa imaginação. Independentemente dessa criatividade ser expressa por meio de pintura, contação de histórias ou estilos de dança imaginários, as crianças geralmente não têm medo de sentir vergonha e soltar as rédeas dos seus desejos, descobrir e experimentar. No mais tardar, quando entramos na escola, esse comportamento muda, e nossas mentes naturalmente livres têm que aprender a lidar com temas como lógica e diligência. A liberdade de brincar da criança é suprimida, e, assim, habilidades criativas são gradualmente restringidas.

A criatividade é, portanto, geralmente percebida como uma dificuldade na educação escolar e universitária. Especialmente quando examinamos uma das áreas de estudo mais lógicas e analíticas, o direito, fica claro que as habilidades criativas não são particularmente enfatizadas ou ensinadas aqui. É sobretudo necessário que a jurisdição relevante seja aplicada com precisão e siga um determinado padrão. As faculdades de direito geralmente ensinam estudantes de direito a estruturar as respostas de uma maneira “ideal”. Nesse contexto, a palavra “criativo” não costuma ser associada a um bom advogado.

A criatividade encontra a racionalidade

Mas o legal design é o oposto de padrões e procedimentos fixos. É sobre inovar e criar novas soluções. E, para novas ideias, precisamos de criatividade. A grande questão é como podemos reviver essa habilidade oculta. Como podemos (re)construir a nossa “confiança criativa”1? O lado bom é que a criatividade pode ser reaprendida e até aumentada com os exercícios mentais certos! No livro The Secret of the Highly Creative Thinker (O segredo do pensador altamente criativo, em tradução livre), Dorte Nielsen e Sarah Thurber revelam que uma das principais habilidades que promovem ideias criativas é a capacidade de fazer conexões inesperadas e ver combinações que outros não veem2. E fazer essas conexões pode ser treinado regularmente para melhorar sua capacidade de pensar de forma criativa.

Redescubra seu fluxo criativo

Projetos de legal design usam técnicas específicas de criatividade que ajudam os advogados a redescobrir a sua criança interior e regressar ao poder criativo inerente a cada um de nós. Para entrar no estado de fluxo criativo, as condições mentais e físicas3 precisam ser definidas antes.

Gostaríamos de encorajar você a redescobrir suas raízes e voltar à sua natureza criativa. Especialmente no começo, as pessoas costumam ter dificuldade em descrever ideias usando desenhos simples, por exemplo. Mas nossa experiência mostra que vale a pena participar dessa experiência e investir tempo para redescobrir suas capacidades criativas. Você verá como é divertido ter uma sessão de ideação criativa com seus colegas (e até clientes!) e induzir a si e aos outros para fora de seus padrões de pensamento habituais. Criatividade compartilhada é uma força especialmente unificadora que pode conectar você e sua equipe.

1 Kelley and Kelley, Creative Confidence

2 Nielsen and Thurber, The Secret of the Highly Creative Thinker, 17

“Se você olhar para a história, inovação não surge do simples incentivo às pessoas; surge da criação de ambientes onde ideias possam se conectar” (em tradução livre). “Kevin Kelly e Steven Johnson em Where Ideas Come From.” www.wired.com. 27 de Setembro de 2010.

Lembre-se:
Se usar de alguma maneira nosso texto ou parte dele, você deve citar como fonte
The Legal Design Book
e nós, as autoras, Meera Klemola e Astrid Kohlmeier.
Tradução por Isabela Godoy

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